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domingo, 3 de abril de 2011

O ENSINO DE QUÍMICA E O LÚDICO EM INHUMAS DE 1990 A 2007

Nara Rúbya de Sousa - ruby_nslinda@hotmail.com
IFG / Campus Inhumas
Luciano dos Santos – professorlucianosantos@yahoo.com
IFG / Campus Inhumas

Resumo

Na busca de melhor compreender e dimensionar os alcances e limites da Ludicidade no processo de ensino-aprendizagem de ensino de Ciências, sobretudo de Química, este trabalho propôs abordar algumas proposições teorias e a analisar alguns projetos já realizados sobre os jogos e o elemento lúdico como facilitadores de aprendizagem. Alguns estudos têm demonstrado que com a utilização de atividades lúdicas o ensino de Ciências torna-se mais atrativo e interessante, motivando o aluno e fazendo com que aprendam melhor. No desenvolvimento desta pesquisa, formulamos problematizações e levantamos acervo bibliográfico sobre a temática do ensino de ciências e as atividades lúdicas. Também foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com três professores de escolas públicas de Inhumas com o intuito de verificar suas compreensões sobre a temática da Ludicidade e se os mesmo estão preparados, ou não, para ministrarem este tipo de aula.

Palavras-chave: Ensino de ciências, Ludicidade, aprendizagem, visão dos professores.

Objetivos

• Analisar a importância dos jogos lúdicos no processo de ensino-aprendizagem de Ciências;
• Identificar os pontos positivos e negativos do uso de atividades lúdicas no ensino de Ciências;
• Explicar como os jogos podem possibilitar ao aluno uma melhor compreensão do conteúdo;
• Verificar se os professores estão preparados para ministrarem este tipo de aula;
• Interpretar qual a visão que estes têm sobre as atividades lúdicas;
• Identificar se os professores de ciência de Inhumas os conhecem e se os aceitam.

Introdução/justificativa

Temos presenciado nas últimas décadas uma forte tentativa de renovação do ensino de Ciências, e principalmente do ensino de Química, no nível da educação básica. Neste universo, o elemento lúdico tem cada vez mais ganhado espaço. Vários autores têm destacado a eficiência dos jogos para despertar o interesse dos alunos pela Ciência (VYGOTSKY, 2007; SOARES, 2008; BACHELARD, 1996; entre outros). Na sua grande maioria estes autores acreditam que os jogos educacionais promovem a motivação e a facilitação no processo de aprendizagem, raciocínio e memorização do conteúdo.
A atividade lúdica tem como objetivo transformar e inovar o processo ensino-aprendizagem de ciências naturais, sendo utilizada como uma forma de relacionar o conteúdo dado em sala de aula com o cotidiano do aluno, fazendo com que ele compreenda teoria e pratica simultaneamente.
Segundo Teixeira (1995, p.23), há várias razões que levam os educadores a recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-aprendizagem:
• As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica;
• O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo;
• As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a Ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento.
Com base nisso, nossa pesquisa se justifica pelo fato das atividades lúdicas serem preconizadas por documentos que norteiam a educação brasileira, pelo fato de vários teóricos e educadores terem justificado sua validade e, sobretudo, pelo fato da carência, desconhecimento e possível preconceito com relação a estas atividades no município de Inhumas. Acreditamos que o uso de atividades lúdicas pode influenciar diretamente no processo de ensino-aprendizagem de ciências, principalmente Química, fazendo com que os alunos desenvolvam suas capacidades críticas, criativas e interpretativas dos fenômenos naturais. Dai a importância de se realizar esta pesquisa.

Metodologia

A pesquisa foi desenvolvida predominantemente por método observacional e análise bibliográfica, com base, sobretudo, em Vygotsky (2007) e Soares (2008). Sendo assim, o caminho percorrido para alcançar os resultados se deu após uma avaliação teórica sobre o tema. Sendo assim, houve a necessidade de realização de coleta de dados sobre atividades lúdicas desenvolvidas por professores e pesquisadores da atualidade. Para isto utilizamos técnicas desenvolvidas pela metodologia de entrevistas semi-estruturadas. Estas foram realizadas com três professores de escolas públicas de Inhumas, com o intuito de verificar seus conhecimentos, suas visões e suas capacidades para trabalhar com a metodologia de ensino calcada na Ludicidade. De posse destes dados, buscamos analisá-los através das proposições teóricas da Analise de discurso.

Resultados e discussão

Após a realização das entrevistas, as respostas foram analisadas e foi possível observar que os professores consideram que a educação hoje é falha devido a vários fatores como a falta de recurso, professores sem capacitação, más condições da instituição de ensino, pouco tempo para desenvolver atividades, entre outros. Alguns relatos mostram que os educadores sentem necessidade de realizar atividades práticas, mas por não haver laboratórios acabam perdendo o interesse em desenvolver tais atividades.
É certo que para uma boa aula experimental seria necessário um laboratório, mas com criatividade e esforço, é possível levar para a sala de aula uma experiência utilizando materiais recicláveis e produtos que o próprio professor pode trazer de casa. Seria uma aula muito interessante no qual o aluno poderia, com auxilio do educador, participar da confecção do experimento.

Conclusões

A atividade lúdica empregada à educação contribui para que o professor torne suas aulas cada vez mais prazerosas e com maior aproveitamento por parte dos alunos. Contudo, é necessário que estas atividades sejam vistas com seriedade e realizadas de forma correta. O educador deve estar devidamente preparado para aplicá-las em sala de aula, garantindo assim o verdadeiro sentido da atividade que, mais do que proporcionar prazer em aprender, deve garantir a efetivação do aprendizado.
No decorrer da análise das entrevistas, foi possível perceber que os entrevistados desconhecem a Ludicidade e sua função pedagógica, alguns até acreditam já ter aplicado pelo menos uma vez em sala de aula, uma atividade lúdica. Isso é pôde ser observado em alguma das falas dos professores:
“Quando eu fui trabalhar a tabela periódica eu pedi para que eles estudassem porque eu faria um ditado valendo 0,5 e fiz isso com uma turma e eles aprenderam mais do que a turma que eu não fiz...”.
“Uma vez fiz uma gincana com dois capítulos do livro e que acertasse o maior nº de perguntas ganhava...”
Após esclarecer do quê se trata o lúdico, alguns educadores disseram creditar que a Ludicidade junto ao ensino de ciências seria muito produtivo e que os alunos gostariam muito deste tipo de aula por ser diferente:
“O aluno tende a ter um crescimento. E não só em ciências, mas em todas as disciplinas.”
“Acho que é interessante trabalhar com o aluno este tipo de atividade que eles iriam gostar, porque seria uma aula diferente [...] uma atividade diferente seria muito interessante para eles, fica na memória, eles relacionam mais as coisas.”
Diferente dos outros professores um dos entrevistados acredita que teria dificuldades em trabalhar o lúdico em sala de aula e que a Ludicidade deveria ser utilizada para avaliar o nível de aprendizado e não para auxiliar no processo de ensino-aprendizado:
“Acho que uns se interessariam mais que os outros, mais pelo fato de haver ‘panelinha’ em sala de aula. Mas acho que seria interessante aplicar uma atividade assim, porem no sentido de avaliar o aluno, não para ensinar. [...] Acho que deve ser passado o conteúdo e depois fazer uma atividade e avaliar o nível de conhecimento do aluno.”
Os professores salientaram também que é importante, antes de utilizar o lúdico, o professor deve primeiro trabalhar o conteúdo com o aluno e só depois aplicar uma atividade.
O método de ensino mais utilizados pelos professores das escolas públicas de Inhumas é a aula expositiva com resolução de exercícios e exemplificações. Poucos utilizam outros recursos como vídeo, atividades práticas, pesquisa, e quando usam o fazem uma ou duas vezes no ano. A Ludicidade ainda é algo desconhecido, fato que deixa o professor inseguro quanto à sua utilização. Mas os mesmos estão cientes de que há uma necessidade de mudança no ensino, focar menos no tradicionalismo conteudista.
É importante que se faça conhecer os benefícios da utilização das atividades lúdicas aliadas ao ensino, chamando a atenção dos professores de ciências para a importância de se compreender os mecanismos e processos de ensino-aprendizagem que vem sendo desenvolvidos nas últimas décadas
É necessário que o professor tome conhecimento do quanto o uso de atividades lúdicas podem auxiliar no processo educativo, pois é o educador que tem o papel importante de formar cidadãos críticos, capazes de criar, inventar e produzir conhecimento.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Ministério da Educação. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. In: Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 1999.
BACHELARD, G. (1996). A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto p.10-30.
SOARES, M. O QUE É O JOGO: Jogos, atividades lúdicas, brinquedo e brincadeira, In: Jogos para o Ensino de Química: teoria, métodos e aplicações. Guarapari–ES. Ex Libris, 2008. Cap.2, p.37-54.
TEIXEIRA, C. E. J. A Ludicidade na Escola. São Paulo: Loyola, 1995 p. 20-25.
VYGOTSKY, L.S. Interações entre aprendizado e desenvolvimento, In: A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 2007. Cap.6-7, p. 87-124.

1 comentários:

Anônimo disse...

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